segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Ensaio - Liberdade

Ainda sinto a brisa na cara.

A rodar a baixa velocidade, não fechei a viseira para aproveitar o ar limpo da serra que está á minha frente.

A estrada está limpa e é altura de soltar os cavalos.
Baixo a viseira, meto a 2ª e enrolo o punho até ás 10.000 rpm até que chega a 1ª curva. A 120 km/h aperto os travões e deito-me para a esquerda.

Estrada. Só vejo estrada. Agarrado á mota, deslizo com o punho controlado e a estrada a ficar para trás. O poisa-pés toca no chão, sinal de que estou no limite. A curva está a acabar e quando chega a altura enrolo novamente o punho.

A roda da frente levanta e leva-me rápido para a próxima curva, e outra, e outra, e outra...
Agarrado ao volante, levo-me ao limite e ao limite da mota.Por vezes parece que pairo no ar enquanto a curva acaba, voo baixinho enquanto oiço o rugido do motor e a sua subida de rotação.

No cimo da montanha páro... deixo o ar entrar, sinto o fresco da montanha, o ar puro.

Estou só.. Sinto-me livre. Continuarei...

2 comentários:

  1. Uma sensação que nunca experimentei, mas com esta descrição, fiquei a sentir o nervoso de imaginar o limite à minha frente, misturado com a brisa... Tenho que encomendar essa experiência!!

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  2. Excelente descrição de liberdade, somente comparável com o surfar uma onda... Abçsss BL

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