terça-feira, 17 de abril de 2012

Por entre as cores deste céu..



Mais um dia que amanhece.


Os raios de luz entram pela persiana entreaberta para me dizer que é chegada a hora de enfrentar mais um dia. Olho o céu cinzento, carregado por estas nuvens que teimam em não ir embora porque o vento que as muda de sítio está confuso e não consegue encontrar o seu caminho.
Os pensamentos que me percorrem a mente enquanto me preparo para mais um dia já não são diferentes dos que me assolaram ontem, ou nos dias anteriores.Sinto falta de algo. Ou de muito, dependendo do vazio que perspectivo ou da esperança que carrego.


No caminho, que agora já não tem nada de novo, olho para os que, como eu na maior parte das vezes, seguem alheados do que os rodeia, com o único objectivo de chegar ao sítio que lhes toma a maior parte do seu tempo, mais tempo do que o que passam consigo próprios ou com os que realmente interessam.
Formiguinhas que não podem aspirar a cigarras, porque, como alguém dizia, não há almoços grátis. Será que olham para as cores do céu?


Continuo a procurar incessantemente por aquele bocado de azul de céu, aquele azul que um dia encontrei e me fez sonhar. Mas o vento não sopra e as nuvens não mudam de sítio.


Resta-me esperar. Pode ser que amanhã os ventos me entendam, as nuvens vão e encontre novamente o azul.

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